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DiasporaHistória de Main.DiasporaOcultar edições insignificantes - Mostrar mudanças do conteúdo Linhas 94-95 mudadas de
perdida numa para:
perdida[[<<]] numa ilha[[<<]] Linha 18 mudada de
a unicórnio negra está para:
a unicórnio negra está tensa\\ Linha 88 mudada de
nem para:
nem mea-culpa burguês\\ Linha 72 mudada de
para:
tão jogada no lixo\\ Linha 85 mudada de
me dá vontade de chorar para:
me dá vontade de chorar; eu choro\\ Linha 87 mudada de
sem vergonha\\ para:
sem nenhum tipo de vergonha\\ Linha 91 mudada de
ou daquela fome de vida que para:
ou daquela fome de vida que vi nos olhos do menino\\ Linhas 93-95 mudadas de
perdida para:
de outra menina\\ perdida\\ numa ilha\\ longe daqui. Linha 65 mudada de
por mais que eles, como para:
por mais que eles, como ventosas,\\ Linha 37 mudada de
me para:
tento me enxergar um pouco nelas\\ Linha 39 mudada de
quanto na menina, preta, para:
quanto na menina, preta, por razões nítidas -,\\ Linha 2 adicionada:
(audre lorde)\\ Linhas 20-95 mudadas de
livre. para:
livre.\\ \\ \\ '''insaciáveis (tem uma música do new order que fala sobre ilhas)'''\\ (t.)\\ \\ do outro lado do mundo,\\ em uma ilha\\ \\ rica porque roubou tanto de outros continentes\\ que eles ficaram parecendo ilhas\\ \\ uma amiga me escreve\\ sobre a menina negra chapada que encontrou\\ pedindo dinheiro na rua\\ com sangue nos olhos.\\ eu leio,\\ me enxergo nelas\\ - tanto na amiga, branca, porque ela é feminista,\\ quanto na menina, preta, porque razões nítidas -,\\ tomo um chá\\ me sinto inviável.\\ aí\\ passeando de carro\\ com outra amiga, preta dessa vez,\\ paramos no sinal\\ \\ um menino\\ preto de diáspora\\ mas também de sujeira\\ pede\\ eu não tenho dinheiro\\ ela dá\\ \\ o cara no carro do lado é um macho branco\\ o vidro fechado é escuro\\ a roupa dele é um terno\\ o carro é potente\\ o menino bate no vidro,\\ ele nem olha\\ \\ os olhos do menino são tão grandes\\ que me cabem lá dentro\\ eu com meu mal-estar de preta classe-média\\ tentando romper com os privilégios\\ por mais que eles, como ventanas,\\ tentem me sugar\\ eu caibo inteira nos olhos do menino\\ enormes, brilhantes, inúteis\\ uma vida inteira\\ desperdiçada\\ no começo, ainda,\\ y tão jogada no lixo\\ esmagada no asfalto quente\\ \\ eram duas da tarde, porra\\ y ele descalço\\ que tipo de vida é essa que a gente herdou\\ depois de termos morrido tanto\\ depois de termos ensinado com sangue\\ depois de termos nos perdido tanto\\ depois de estarmos nos perdendo\\ ainda morrendo\\ subvivendo\\ \\ me dá vontade de chorar y eu choro\\ choro mesmo\\ sem vergonha\\ nem o mea-culpa burguês\\ nada disso\\ choro pra ver se meus olhos ficam brilhantes\\ ou daquela fome de vida que eu vi nos olhos do menino\\ ou daquela fúria que viram nos olhos de sangue\\ da outra menina\\ perdida numa ilha\\ bem longe daqui. Linhas 1-19 adicionadas
'''a unicórnio negra'''\\ \\ A unicórnio negra está ávida.\\ A unicórnio negra está impaciente.\\ A unicórnio negra foi confundida\\ com uma sombra\\ ou símbolo\\ e levada\\ por um país frio\\ onde a neblina desfez em zombaria\\ minha fúria.\\ Não é no colo dela que o chifre descansa\\ mas bem dentro de sua cratera lunar\\ crescendo.\\ \\ A unicórnio negra está inquieta\\ a unicórnio negra está tesa\\ a unicórnio negra não está\\ livre. |