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Diaspora

História de Main.Diaspora

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07 de May de 2008, às 21h25 por 200.198.217.194 -
Linhas 94-95 mudadas de

perdida
numa ilha

para:

perdida
numa ilha

07 de May de 2008, às 20h05 por 200.198.217.194 -
Linha 18 mudada de

a unicórnio negra está tesa

para:

a unicórnio negra está tensa

07 de May de 2008, às 20h01 por 200.198.217.194 -
Linha 88 mudada de

nem o mea-culpa burguês

para:

nem mea-culpa burguês

07 de May de 2008, às 19h58 por 200.198.217.194 -
Linha 72 mudada de

y tão jogada no lixo

para:

tão jogada no lixo

Linha 85 mudada de

me dá vontade de chorar y eu choro

para:

me dá vontade de chorar; eu choro

Linha 87 mudada de

sem vergonha

para:

sem nenhum tipo de vergonha

Linha 91 mudada de

ou daquela fome de vida que eu vi nos olhos do menino

para:

ou daquela fome de vida que vi nos olhos do menino

Linhas 93-95 mudadas de

da outra menina
perdida numa ilha
bem longe daqui.

para:

de outra menina
perdida
numa ilha
longe daqui.

07 de May de 2008, às 19h56 por 200.198.217.194 -
Linha 65 mudada de

por mais que eles, como ventanas,

para:

por mais que eles, como ventosas,

06 de May de 2008, às 17h14 por 200.198.217.194 -
Linha 37 mudada de

me enxergo nelas

para:

tento me enxergar um pouco nelas

Linha 39 mudada de

quanto na menina, preta, porque razões nítidas -,

para:

quanto na menina, preta, por razões nítidas -,

06 de May de 2008, às 17h12 por 200.198.217.194 -
Linha 2 adicionada:

(audre lorde)

Linhas 20-95 mudadas de

livre.

para:

livre.


insaciáveis (tem uma música do new order que fala sobre ilhas)
(t.)

do outro lado do mundo,
em uma ilha

rica porque roubou tanto de outros continentes
que eles ficaram parecendo ilhas

uma amiga me escreve
sobre a menina negra chapada que encontrou
pedindo dinheiro na rua
com sangue nos olhos.
eu leio,
me enxergo nelas
- tanto na amiga, branca, porque ela é feminista,
quanto na menina, preta, porque razões nítidas -,
tomo um chá
me sinto inviável.

passeando de carro
com outra amiga, preta dessa vez,
paramos no sinal

um menino
preto de diáspora
mas também de sujeira
pede
eu não tenho dinheiro
ela dá

o cara no carro do lado é um macho branco
o vidro fechado é escuro
a roupa dele é um terno
o carro é potente
o menino bate no vidro,
ele nem olha

os olhos do menino são tão grandes
que me cabem lá dentro
eu com meu mal-estar de preta classe-média
tentando romper com os privilégios
por mais que eles, como ventanas,
tentem me sugar
eu caibo inteira nos olhos do menino
enormes, brilhantes, inúteis
uma vida inteira
desperdiçada
no começo, ainda,
y tão jogada no lixo
esmagada no asfalto quente

eram duas da tarde, porra
y ele descalço
que tipo de vida é essa que a gente herdou
depois de termos morrido tanto
depois de termos ensinado com sangue
depois de termos nos perdido tanto
depois de estarmos nos perdendo
ainda morrendo
subvivendo

me dá vontade de chorar y eu choro
choro mesmo
sem vergonha
nem o mea-culpa burguês
nada disso
choro pra ver se meus olhos ficam brilhantes
ou daquela fome de vida que eu vi nos olhos do menino
ou daquela fúria que viram nos olhos de sangue
da outra menina
perdida numa ilha
bem longe daqui.

06 de May de 2008, às 16h59 por 200.198.217.194 -
Linhas 1-19 adicionadas

a unicórnio negra

A unicórnio negra está ávida.
A unicórnio negra está impaciente.
A unicórnio negra foi confundida
com uma sombra
ou símbolo
e levada
por um país frio
onde a neblina desfez em zombaria
minha fúria.
Não é no colo dela que o chifre descansa
mas bem dentro de sua cratera lunar
crescendo.

A unicórnio negra está inquieta
a unicórnio negra está tesa
a unicórnio negra não está
livre.

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Pagina modificada em 07 de May de 2008, às 21h25