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Manifesto Girls Who Like Porno

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02 de June de 2008, às 22h15 por 201.20.227.123 -
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11 de May de 2008, às 14h37 por 201.50.141.174 -
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manifesto

Temos um nome que é pura piada: girlswholikeporno. Meninas que gostam de
pornografia, que divertido. Mas o quê tem de divertido? O quê resulta tão
divertido em afirmar que há mulheres que gostam da pornografia? Porque se a
pornografia é a representação do sexo, isto é algo que você pode gostar ou
não, mas não vejo que como mulher não tenha por quê não gostar.

Claro que a indústria pornográfica destes últimos anos têm feito muitos
danos. Uma indústria cheia de estereótipos e clichês sexistas que nos marcou
e que aborrecemos à força de chateação. A terminação pornografia tem sido
contaminada até o limite. Mas o pornô pode ser outra coisa. E já é outra
coisa. E está em nossas mãos que seja outra coisa. Em nossas mãos e em
nossas câmeras. Porque se o que vemos não nos agrada, podemos gravar outra
coisa. Faça você mesma. Já há muitas mulheres fazendo-o. E homens. E pessoas
que não se identificam nem com o primeiro nem com o segundo.

Os rótulos ainda pesam sobre nós como lousas[ladrilhos]. Ainda se tende a
classificar os vídeos pornÔ e as películas como filmes hétero, gay/lésbica
ou trans. E os critérios para fazê-lo são subjetivos. Nós não podemos
classificar nossa sexualidade dentro de nenhuma destas etiquetas, e como nós
mais e mais gente que nem quer, nem pode. A multiplicidade de nossos desejos
e de nossos corpos não pode categorizar-se.

E nossas fantasias são muitas e não queremos nos limitar, devemos crer tanto
em nós mesmas como para não ter medo de repetir clichês.

Quando se coloca diante da câmara, o resultado final depende de muitos
fatores. Uma mesma cena, um cumshot, por exemplo, a famosa cena pornô na
qual o homem goza na cara de uma mulher. Esta cena pode ser degradante e
ofensiva, porém pela maneira que é gravada, pela atitude dos atores e a
forma de dirigi-los do diretor, até a música e o ângulo da câmara
influenciam para que o resultado final seja sexista. Mas uma forma diferente
de gravá-la, que não tem por quê ser mais doce, ou suave ou carinhosa pode
dar como resultado uma cena pornô quente e revolucionária.

Porque a segunda categoria a qual nós enfrentamos e contra a qual lutamos
com unhas e dentes é a de pornô para mulheres. Este rótulo sugere
identificar-se com os valores que são supostamente femininos: doçura,
carinho, música melosa, suavidade. Vamos de um clichê a outro e jogo fora
porque me toca.

Acreditamos que é um erro identificar doçura com feminilidade e
consequentemente com mulher. É essa categoria o que resulta um insulto. Por
quê como mulher o doce tem que me agradar? Se entendemos por feminilidade
doçura, suavidade e ternura, estes são valores que podem se atribuir tanto a
homens como a mulheres. Nossa luta é a teoria queer como reivindicação da
não categorização sexual, como luta política post feminista, como procura
post pornográfica de novas sexualidades.

Porque a representação pornográfica serve para criar referências sexuais, se
ao gravar nossas próprias fantasias, criamos um mundo de novos referentes
que inspira à muitos outros.

livre-tradução por dois-corpos@hotmail.com
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Pagina modificada em 02 de June de 2008, às 22h15